"... o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas..."

Romanos 1.1-4

Não é incomum ouvirmos que ''o Evangelho está sendo perseguido no Egito'', ou que ''o Evangelho está entrando na Amazônia''. O que se quer dizer, nestes casos, é que a Igreja está sendo perseguida no Egito ou entrando na Amazônia, pois no imaginário geral, Evangelho e Igreja são a mesma coisa.

Não é isso que diz a Palavra. Ela nos ensina que o evangelho foi prometido por meio dos profetas e não se trata de homens ou da Igreja, mas do próprio Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. Jesus é o Evangelho! Crer no evangelho é crer em Jesus. Viver o Evangelho é viver Jesus Cristo. Proclamar o Evangelho é proclamar Jesus.

Em 2008 participei de um lindo encontro indígena no Amazonas com a presença de 1200 indígenas de 47 diferentes etnias. No último dia fui procurado por um cacique Ixkaryana que me disse: ‘’agora eu compreendi que o Evangelho é Jesus. Precisamos conhecer Jesus, viver como Jesus e pregar o nome de Jesus. É simples assim.’’

"Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus."’ Rm 1.1

O Evangelho não começa com o homem, mas com Deus. Não é resultado da habilidade humana, mas da graça divina. Não transforma o homem pela capacidade da Igreja, mas pelo sangue do Cordeiro. Paula afirma que fora chamado para o Evangelho de Deus. Deixa bem claro que a mensagem que prega e crê não são suas ou meramente da Igreja, mas do criador do Universo. Este Evangelho, que começou em Deus, poderá sofrer oposição, calúnia e perseguição, mas jamais derrota, pois é plano do Altíssimo - e nenhum de seus planos será frustrado.

O Evangelho não é o plano da Igreja para a salvação do mundo, mas o plano de Deus para a salvação da Igreja. lembre-se hoje que o plano de redenção para todo aquela que crê teve início antes da nossa história. No passado remoto, antes de existirmos, já éramos amados pelo Pai.

Crer no Evangelho é reconhecer que o Todo-poderoso nos amou, planejou a nossa salvação, enviou seu único Filho para comprar - com seu sangue - a cada um de nós. Nossa vida em Cristo é, portanto, resultado direto do amor do Pai. Não há nada melhor e nem lugar mais seguro.

Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: Sim, eu quero. Você está curado. No mesmo instante ele ficou curado da lepra. (Mateus 8.3)

Perceba que o toque não curou a enfermidade, foi a palavra de Jesus que tratou a doença, o toque tratou a solidão. Aquele homem doente, solitário e intocável experimentou um toque divino antes da cura.

Da mesma forma, nós já experimentamos o toque divino em nossas vidas: um médico que o tratou; uma professora que enxugou suas lágrimas; uma mão que segurou a sua no funeral; outra no seu ombro durante a provação; o aperto de mãos de boas vindas quando era recém-chegado; uma oração pastoral por cura.

Todos nós já experimentamos o poder de um toque divino. Será que não podemos oferecer este toque também? Com certeza, mas alguns de nós esquecemos o valor do toque e por isso não tocamos.

Não quebre esta corrente. Passe adiante o toque divino. Coloque-se no lugar de quem está precisando de um toque gracioso hoje. Aperte a mão do seu irmão. Dê um sorriso para ele. Chame o necessitado de canto e ore por ele. Demonstre seu amor e compaixão de maneira visível, dê um abraço, diga palavras sinceras de benção e encorajamento.

Jesus tocou! E você, fará o mesmo?

Inspirado em 'Simplesmente como Jesus' de Max Lucado